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As 10 comidas típicas da região sul mais gostosas e saborosa

As comidas típicas da região Sul encantam pelos sabores marcantes e tradições culturais da rica culinária do sul do Brasil. Pratos como churrasco, barreado refletem a herança dos povos que ali se estabeleceram.

Com influências europeias marcantes, especialmente alemãs, italianas, polonesas e portuguesas, os três estados do sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – desenvolvendo uma gastronomia robusta, reconfortante e extremamente chinesa que se destaca no cenário nacional.

As comidas típicas da região Sul são especificadas pelo uso generoso de carnes, massas, pinhão e ervas aromáticas, criando aquecedores que aquecem o corpo e a alma durante os rigorosos invernos sulistas.

Além disso, as técnicas de conservação de alimentos e o aproveitamento de ingredientes sazonais são características marcantes desta cozinha regional.

Neste artigo, vamos conhecer as 10 comidas típicas mais popular do sul do Brasil , revelando seus ingredientes, modos de preparo, curiosidades históricas e dicas para você reproduzir essas delícias em casa.

Prepare-se para uma viagem gastronômica pelos sabores mais autênticos da cultura sulista brasileira!

Índice

Churrasco gaúcho: o símbolo da tradição sulista

O churrasco gaúcho é, sem dúvida, a mais emblemática das comidas típicas da região sul . Mais que um prato, é um ritual que celebra a cultura, a história e a identidade do povo gaúcho.

Diferentemente do churrasco praticado em outras regiões do Brasil, o verdadeiro churrasco gaúcho possui características próprias e técnicas específicas de preparo.

Ingredientes do churrasco gaúcho autêntico

• 1 kg de costela bovina
• 1 kg de maminha
• 1 kg de picanha
• 500g de linguiça campeira
• Sal grosso a gosto
• Espetos de metal

Modo de preparo tradicional

  1. Acenda o fogo na churrasqueira com pelo menos 2 horas de antecedência
  2. Limpe levemente as peças de carne, mantendo uma camada fina de gordura
  3. Espete as carnes no sentido longitudinal às fibras musculares
  4. Tempere apenas com sal grosso
  5. Posição dos espetos a uma distância correta do fogo (cerca de 30cm)
  6. Asse lentamente, girando ocasionalmente
  7. Retire quando o ponto desejado para atingido (normalmente ao ponto para gaúchos)
  8. Sirva com pão e salada de maionese

“O churrasco gaúcho não é apenas comida, é uma cerimônia que representa a hospitalidade, a fartura e o espírito livre do povo do sul” – dito popular gaúcho

Informações nutricionais e tempo de preparo

InformaçõesDados
CaloriasAproximadamente 450 kcal por 100g
Proteínas25g por 100g
Tempo de preparo2-3 horas
RendimentoServe 10-12 pessoas
Melhor épocaO ano todo

Dica rápida: Para um churrasco mais suculento, asse as costelas com a parte óssea externa para o fogo inicialmente, virando apenas na última hora de preparo.

Barreado o prato símbolo do litoral paranaense
Youtube – Barreado o prato símbolo paranaense

Barreado: o prato símbolo do litoral paranaense

O barreado é uma das comidas típicas da região sul que melhor representa a cultura litorânea do Paraná, especialmente das cidades de Morretes, Antonina e Paranaguá.

Este prato teve origem entre os colonizadores açorianos e ganhou características próprias ao longo dos séculos, tornando-se parte fundamental das celebrações do fandango e do carnaval paranaense.

Ingredientes tradicionais do barreado

• 2 kg de carne bovina (patinho ou coxão mole)
• 250g de toucinho defumado
• 2 cebolas grandes picadas
• 5 dentes de alho amassados
​​• 4 folhas de louro
• 1 maço de cheiro-verde
• 2 colheres (sopa) de cominho
• 3 colheres (sopa) de colorau
• Sal a gosto
• Pimenta-do-reino a gosto

Preparação autêntica do barreado

  1. Corte a carne em cubos médios e temperado com alho, cominho, colorau, sal e pimenta
  2. Deixe marinar por pelo menos 4 horas (idealmente durante a noite)
  3. Forre o fundo de uma panela de barro com o toucinho fatiado
  4. Adicione as cebolas, o louro e metade do cheiro-verde
  5. Coloque a carne por cima
  6. Tampe a panela e vede completamente a tampa com uma massa feita de farinha de mandioca e água (o “barro” que dá nome ao prato)
  7. Aconchegue-se no fogo muito baixo por cerca de 8-10 horas
  8. Retire a tampa de barro, desfie a carne e misture bem
  9. Sirva com farinha de mandioca, banana e laranja

Tempo de preparo: 12 horas (incluindo marinada)
Rendimento: 8-10 porções

Adaptações modernas e variações regionais

Atualmente, muitos restaurantes e famílias preparam o barreado em panelas de pressão, reduzindo o tempo de cozimento para cerca de 2 horas. No entanto, os puristas insistem que o sabor característico só é obtido no longo cozimento tradicional.

Em algumas regiões do litoral paranaense, adiciona-se banana-da-terra ou mandioca ao cozido, enquanto em outras o barreado é servido com pirão feito do próprio caldo da carne.

Acompanhamentos tradicionais:

  • Arroz branco
  • Farinha de mandioca
  • Bananas
  • Laranja em rodelas

Pinhão na chapa: o tesouro dos invernos sulistas

O pinhão , semente da araucária (árvore símbolo do sul do Brasil), é um dos ingredientes mais característicos da culinária típica da região sul . Sua colheita acontece principalmente entre abril e junho, tornando-o um alimento sazonal muito aguardado pelos sulistas.

Como preparar o pinhão na chapa

Ingredientes:
• 1 kg de pinhões frescos
• Sal grosso a gosto
• 1 colher (sopa) de erva-mate (opcional)

Modo de preparo:

  1. Lave bem os pinhões
  2. Coloque-os em uma chapa ou frigideira de ferro bem quente
  3. Polvilhe com sal grosso
  4. Mexa constantemente para evitar que queimem
  5. Asse por aproximadamente 30 minutos, até que as cascas comecem a rachar
  6. Retire do fogo e sirva quente

Tempo de preparo: 35 minutos
Rendimento: 4 porções

Variações e outras formas de preparar o pinhão

A curiosidade do pinhão permite inúmeras vantagens, como:

  • Cozido de Pinhão: a forma mais simples, cozinhando em água e sal por cerca de 40 minutos
  • Paçoca de pinhão: pinhões cozidos e socados com carne de sol, semelhantes à paçoca nordestina
  • Entrevero de pinhão: prato que mistura pinhão com diversos tipos de carne e legumes
  • Risoto de pinhão: versão sulista do clássico prato italiano
  • Pinhão na sopa: adicionado a caldos e sopas para enriquecer o sabor

“O pinhão é para o sul o que a mandioca é para o norte: um alimento básico que define a identidade cultural regional” – Ditado popular sulista

Valor nutricional do pinhão (por 100g):

NutrienteQuantidade
Calorias187 kcal
Carboidratos44g
Proteínas3g
Fibras15g
Potássio612 mg
Fósforo198mg

Dica para descascar: Faça um pequeno corte na casca antes de cozinhar ou assar, isso facilitará a retirada da casca depois.

Polenta brustolada herança italiana no sul
Canva – Polenta brustolada uma delicia

Polenta brustolada: herança italiana no sul

A polenta brustolada é uma das comidas típicas da região sul que demonstra claramente a influência italiana na culinária regional. O termo “brustolada” vem do dialeto vêneto e significa “tostada” ou “grelhada“, referindo-se ao método de preparo que dá um acabamento crocante à polenta.

Ingredientes da polenta brustolada tradicional

• 2 xícaras de fubá (preferencialmente o mais grosso)
• 6 xícaras de água
• 1 colher (sopa) de sal
• 2 colheres (sopa) de banha de porco ou manteiga
• Queijo colonial ralado (opcional)

Modo de preparo tradicional

  1. Aqueça a água em uma panela grande, de preferência de ferro
  2. Quando estiver quase fervendo, adicione o sal
  3. Adicione o fubá aos poucos, confundindo constantemente para evitar grumos
  4. Cozinhe em fogo baixo por aproximadamente 40 minutos, mexendo frequentemente
  5. Quando tiver consistência firme, adicione banha de porco ou manteiga
  6. Coloque a polenta em uma tábua de madeira ou assadeira
  7. Deixe esfriar e suportar (cerca de 2 horas)
  8. Corte em fatias de 1,5 cm de espessura
  9. Grelhe as fatias em uma chapa quente ou frigideira até ficarem douradas e crocantes
  10. Sirva quente, com queijo colonial ralado por cima (opcional)
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Tempo total: Aproximadamente 3 horas (incluindo o tempo de resfriamento)
Rendimento: 6-8 porções

Variações regionais e envios

Acompanhamentos tradicionais para polenta brustolada:

  • Molho de tomate com linguiça
  • Queijo colonial derretido
  • Galinha ensopada
  • Molho de carne moída
  • Radicci (folha amarga típica do sul)

Variação: Em algumas regiões do Rio Grande do Sul, a polenta é preparada com leite no lugar da parte da água, tornando-a mais cremosa antes da etapa de grelhar.

Curiosidade: Nas famílias de origem italiana no sul do Brasil, era comum preparar a polenta em grandes pedaços, consumindo parte dela fresca e guardando o restante para ser brustolado nos dias seguintes.

Arroz de carreteiro: a comida dos tropeiros gaúchos

O arroz de carreteiro é uma das comidas típicas da região sul que tem origem nas viagens dos tropeiros gaúchos. Surgiu a necessidade de aproveitar a carne-seca durante as longas jornadas pelo sul do país, transformando-se em um dos pratos mais emblemáticos da culinária gaúcha.

Ingredientes tradicionais do arroz de carreteiro

• 500g de charque
• 2 xícaras de arroz
• 1 cebola grande picada
• 4 dentes de alho amassados
​​• 1 pimentão vermelho picado (opcional)
• 3 colheres (sopa) de óleo ou banha
• 1 maço pequeno de cheiro-verde picado
• Pimenta-do-reino a gosto
• 4 xícaras de água quente

Modo de preparo passo a passo

  1. Dessalgue o charque, trocando a água várias vezes (cerca de 12 horas)
  2. Corte o charque em cubos pequenos ou desfie
  3. Em uma panela grande, aqueça o óleo ou banha
  4. Refogue a cebola e o alho até dourarem
  5. Adicione o charque e refogue bem
  6. Adicione o pimentão (se estiver usando) e refogue mais um pouco
  7. Adicione o arroz e misture bem para ele absorver os sabores
  8. Adicione a água quente e baixe o fogo
  9. Cozinhe até o arroz seja macio e a água tenha sido absorvida
  10. Finalize com o cheiro-verde picado e sirva

Tempo de preparo: 1 hora (não incluindo o tempo de dessalga)
Rendimento: 6 porções

Curiosidades e dicas

Origem do nome:Carreteiro” faz referência aos tropeiros que transportavam mercadorias em carretas pelo sul do Brasil no século XIX.

Variações regionais:

  • No interior do Rio Grande do Sul, é comum adicionar cubos de abóbora ao carreteiro
  • Em algumas regiões de Santa Catarina, o charque é substituído por carne-de-sol
  • Algumas receitas incluem tomate ou colorau para dar uma cor mais avermelhada ao prato

Dica de chef: Para um sabor mais intenso, frite o charque separadamente até ficar crocante antes de juntar aos outros ingredientes. Isso potencializa o sabor característico do prato.

InformaçõesDados
CaloriasAproximadamente 380 kcal por porção
Tempo de conservação3 dias na geladeira
CongelamentoPode ser congelado por até 3 meses
Melhor épocaO ano todo

Sopa de agnolini: calor italiano nos invernos do sul

A sopa de agnolini é uma das comidas típicas da região sul com forte influência da imigração italiana. Muito apreciada principalmente nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, esta sopa reconfortante é garantida nas mesas sulistas durante os invernos rigorosos da região.

Ingredientes para a massa do agnolini

• 500g de farinha de trigo
• 5 ovos
• 1 colher (chá) de sal
• 1 colher (sopa) de azeite de oliva

Ingredientes para o recheio

• 300g de carne bovina moída
• 200g de frango cozido e desfiado
• 100g de queijo parmesão ralado
• 1 cebola média picada
• 2 dentes de alho picados
• 1 colher (sopa) de manteiga
• 2 colheres (sopa) de salsinha picada
• Noz-moscada a gosto
• Sal e pimenta a gosto

Ingredientes para o caldo

• 2 litros de caldo de galinha caseiro
• 1 cenoura picada
• 1 cebola picada
• 1 talo de salsão picado
• 2 folhas de louro
• Sal a gosto

Modo de preparo

  1. Para a massa:
    • Misture a farinha com os ovos, sal e azeite
    • Acumule bem até obter uma massa lisa e aquosa
    • Deixe descansar por 30 minutos coberto com um pano
  2. Para o recheio:
    • Refogue a cebola e o alho na manteiga
    • Adicione a carne moída e cozinhe até dourar
    • Adicione o frango desfiado e misture bem
    • Tempere com sal, pimenta e noz moscada
    • Desligue o fogo e adicione o queijo e a salsinha
    • Deixe esfriar
  3. Montagem dos agnolini:
    • Abra a massa em uma superfície enfarinhada até ficar bem fina
    • Corte em quadrados de aproximadamente 3×3 cm
    • Coloque uma pequena porção do recheio no centro de cada quadrado
    • Dobre formando um triângulo e pressione as bordas para fechar
    • Uma das duas pontas inferiores do triângulo, formando o agnolini
  4. Para o caldo e finalização:
    • Prepare o caldo cozinhando todos os ingredientes por cerca de 40 minutos
    • Coe o caldo e mantenha o calor
    • Cozinhe os agnolini no caldo fervendo por cerca de 5-8 minutos
    • Sirva quente com queijo parmesão ralado por cima

Tempo total de preparo: 2 horas
Rendimento: 8 porções

Variações e dicas

Variações regionais:

  • Na serra gaúcha, o agnolini é frequentemente servido com um caldo mais encorpado, quase um molho
  • Em algumas regiões de colonização italiana em Santa Catarina, adicione-se fígado de galinha ao recheio
  • No interior do Paraná, há versões que utilizam linguagem no recheio

Dicas de armazenamento:

  • Os agnolini podem ser congelados crus por até 3 meses
  • O caldo pode ser preparado com antecedência e congelado separadamente
  • Para uma versão mais rápida, os agnolini podem ser cozidos diretamente congelados, aumentando apenas o tempo de cozimento

“A sopa de agnolini é como um abraço quente nos dias frios de inverno, mantendo viva a tradição dos nossos antepassados ​​italianos” – Dito popular na serra gaúcha

Café colonial: mais que uma refeição, uma tradição

O café colonial não é exatamente um prato, mas sim uma tradição alimentar que se tornou uma das comidas típicas da região sul mais apreciadas.

Trazido pelos imigrantes alemães e desenvolvido principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o café colonial representa a fartura e a diversidade da gastronomia sulista.

Componentes tradicionais do café colonial

Pães e cucas:
• Pão de milho
• Pão sovado
• Broa de centeio • Cuca de
banana
• Cuca de farofa
• Pão de batata

Frios e embutidos:
• Queijo colonial
• Salame colonial
• Presunto caseiro
• Morcela
• Linguiça defumada
• Queijo de porco

Doces e geleias:
• Schmier de melancia (geleia de casca de melancia)
• Geleia de uva
• Geleia de laranja
• Doce de abóbora
• Chimia de morango
• Mel de abelha

Bebidas:
• Café forte
• Chá de ervas
• Suco de uva artesanal
• Leite fresco

Como é servido o café colonial

O café colonial é servido em grandes mesas, geralmente em estilo buffet ou com diversas bandejas colocadas sobre a mesa para que todos possam se servir à vontade. É uma refeição que pode durar horas e muitas vezes substitui o almoço e o jantar devido à grande quantidade de alimentos.

Nas regiões turísticas do sul do Brasil, muitas pousadas e restaurantes oferecem o café colonial como atração gastronômica, principalmente nos finais de semana.

Variações regionais

Em Santa Catarina:

  • O vale do Itajaí se destaca pelas cucas e doces alemães
  • Na região de Nova Trento, há influência italiana com mais massas e queijos

No Rio Grande do Sul:

  • A serra gaúcha adiciona elementos italianos como polenta e salame
  • Na região das Missões, encontram-se influências da culinária paraguaia e argentina

No Paraná:

  • A região de Castro e Carambeí apresenta forte presença holandesa, com adição de queijos e doces típicos

Curiosidade: O café colonial surgiu como uma necessidade dos colonos europeus que trabalhavam no campo e prestavam de refeições substanciais para aguentar o trabalho pesado. Com o tempo, tornou-se um momento de confraternização familiar, geralmente aos domingos.

Valor típico: Em restaurantes e pousadas, o café colonial custa entre R$ 40 e R$ 80 por pessoa, em sistema de rodízio ou à vontade.

Entrevero: a mistura perfeita dos sabores do sul

O entrevero é uma das comidas típicas da região sul que melhor representa a diversidade de ingredientes locais. Este prato rústico, muito popular no Rio Grande do Sul e em partes de Santa Catarina, consiste basicamente em uma mistura de diversos tipos de carnes e legumes, todos cortados em cubos e cozidos juntos.

Ingredientes do entrevero tradicional

• 300g de carne bovina em cubos
• 300g de carne suína em cubos
• 200g de linguiça colonial em rodelas
• 200g de bacon em cubos
• 300g de pinhão cozido e descascado
• 4 batatas médias em cubos
• 2 cebolas grandes em particular
• 1 pimentão vermelho em cubos
• 1 pimentão verde em cubos
• 3 dentes de alho picados
• 2 tomates em cubos
• 2 colheres (sopa) de banha de porco
• 1 maço de salsinha picada
• Sal e pimenta a gosto

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Modo de preparo do entrevero

  1. Em uma panela grande ou tacho, derreta a banha de porco
  2. Frite o bacon até dourar e reservar
  3. Na mesma panela, refogue o alho e a cebola
  4. Adicione a carne bovina e refogue até dourar
  5. Adicione a carne suína e refogue por mais 5 minutos
  6. Adicione a linguiça colonial e cozinhe por mais 3 minutos
  7. Coloque os pimentões e tomates, misturando bem
  8. Adicione as batatas e o pinhão
  9. Tempere com sal e pimenta
  10. Tampe a panela e cozinhe em fogo médio por aproximadamente 20 minutos, possíveis causas
  11. Verifique se as batatas estão macias
  12. Retorne o bacon à panela, adicione a salsinha e sirva

Tempo de preparo: 45 minutos
Rendimento: 6-8 porções

Curiosidades e variações regionais

Origem do nome: A palavra “entrevero” significa confusão, mistura, e representa perfeitamente a natureza deste prato onde diversos ingredientes são misturados.

Variações por região:

  • Na região serrana de Santa Catarina, é comum adicionar couve ao entrevero
  • No interior do Rio Grande do Sul, algumas versões incluem milho verde
  • Em regiões próximas ao litoral, você pode encontrar versões com frutos do mar
  • Durante o inverno, o entrevero ganha mais pinhão e batata-doce

Acompanhamentos tradicionais:

  • Arroz branco
  • Farofa
  • Polenta mole
  • Pão caseiro

Dica do chef: O segredo do entrevero está na ordem de adição dos ingredientes, respeitando o tempo de cozimento de cada um. As carnes sempre vão primeiro, seguidas dos vegetais mais duros e por último os mais macios.

InformaçõesDados
CaloriasAproximadamente 520 kcal por porção
Tempo de conservação2-3 dias na geladeira
Melhor épocaOutono e inverno
Sugestão de bebidaVinho tinto incorporado ou cerveja escura

Marreco recheado: a tradição germânica no prato

O marreco recheado com repolho roxo é uma das comidas típicas da região sul que melhor representa a influência alemã na culinária local.

Muito popular em Santa Catarina, especialmente na região de Blumenau durante a Oktoberfest, este prato é um verdadeiro símbolo das tradições gastronômicas germânicas adaptadas aos ingredientes brasileiros.

Ingredientes do marreco recheado tradicional

Para o marreco:
• 1 marreco inteiro limpo (aproximadamente 2-3kg)
• 1 maçã grande picada
• 1 cebola grande picada
• 100g de bacon picado
• 2 dentes de alho picados
• 2 colheres (sopa) de manteiga
• 1 xícara de miolo de pão amanhecido
• 1 colher (sopa) de sálvia picada
• 1 colher (sopa) de manjerona
• Sal e pimenta a gosto

Para o raio roxo:
• 1 repolho roxo médio fatiado finamente
• 2 maçãs verdes raladas
• 1 cebola grande fatiada
• 2 colheres (sopa) de manteiga
• 3 colheres (sopa) de açúcar mascavo
• 1/2 xícara de vinagre de maçã
• 1 colher (chá) de canela em pó
• 4 cravos-da-índia
• Sal a gosto

Modo de preparo

  1. Preparando o marreco:
    • Lave bem o marreco e seque-o
    • Tempere por dentro e por fora com sal e pimenta
    • Em uma frigideira, derreta a manteiga e refogue a cebola e o alho
    • Adicione o bacon e refogue até dourar
    • Adicione a maçã picada e cozinhe por 2 minutos
    • Misture o miolo de pão, as ervas e tempere a gosto
    • Recheie o marreco com esta mistura e feche com palitos ou linha culinária
    • Coloque o marreco em uma assadeira, assadeira com papel alumínio
    • Asse em forno pré-aquecido a 180°C por aproximadamente 1 hora
    • Retire o papel alumínio e asse por mais 30-40 minutos até dourar
  2. Para o repolho roxo:
    • Em uma panela grande, derreta a manteiga
    • Refogue a cebola até ficar transparente
    • Adicione o roxo roxo e refogue por 5 minutos
    • Adicione as maçãs raladas, o açúcar mascavo, o vinagre, a canela e os cravos
    • Tempere com sal a gosto
    • Cozinhe em fogo baixo, com a panela parcialmente tampada, por cerca de 45 minutos
    • Mexa ocasional para não grudar

Tempo total de preparo: 2 horas e 30 minutos
Rendimento: 6-8 porções

Curiosidades e dicas

História do prato: O marreco recheado foi trazido pelos imigrantes alemães que se estabeleceram principalmente em Santa Catarina a partir do século XIX. Na Alemanha, o prato é tradicionalmente preparado com pato, mas no Brasil o marreco se mostrou mais acessível e adaptou-se bem à receita.

Dicas para um marreco perfeito:

  • Deixe o marreco em salmoura por 12 horas antes do preparo para garantir uma carne mais macia
  • A pele do marreco deve ficar crocante, por isso é importante assá-lo descoberto na parte final
  • Se o marreco estiver muito gorduroso, faça furos na pele antes de assar para que a gordura escorra

Acompanhamentos tradicionais:

  • Knödel (bolinhos de batata)
  • Spätzle (massa típica alemã)
  • Purê de maçã
  • Batatas cozidas

Harmonização: O marreco recheado combina perfeitamente com cervejas escuras ou vinhos tintos encorpados, como Cabernet Sauvignon.

Matambre recheado o rolo de carne que conquistou o sul
Youtube – Matambre recheado

Matambre recheado: o rolo de carne que conquistou o sul

O matambre recheado é uma das comidas típicas da região sul com forte influência da culinária dos países do Prata. Popular no Rio Grande do Sul devido à proximidade com Argentina e Uruguai, este prato consiste em uma peça de carne bovina recheada, enrolada e cozida ou assada, resultando em um preparo saboroso e visualmente impressionante.

Ingredientes do matambre recheado tradicional

Para a carne:
• 1 matambre (corte fino da lateral do boi) de aproximadamente 1,5kg
• 6 ovos cozidos
• 2 cenouras cozidas em bastões
• 200g de bacon em tiras
• 100g de azeitonas verdes sem caroço
• 2 pimentões (um vermelho e um verde) em tiras
• 2 colheres (sopa) de mostarda
• 4 dentes de alho picados
• 1 colher (sopa) de orégano
• 1 colher (sopa) de páprica doce
• Sal e pimenta a gosto
• Barbante culinário

Para o cozimento:
• 2 folhas de louro
• 2 cebolas cortadas em quartos
• 2 cenouras em rodelas
• 1 talo de salsão picado
• Água suficiente para cobrir
• 1/2 xícara de vinho branco seco

Modo de preparo

  1. Preparando ou matambre:
    • Estenda o matambre sobre uma superfície plana
    • Se necessário, bata a carne com um martelo de cozinha para uniformizar a espessura
    • Tempere com sal, pimenta, alho, orégano e páprica
    • Espalhe a mostarda por toda a superfície
    • Distribuída como tiras de bacon, os bastões de cenoura, os pimentões e as azeitonas
    • Posição dos ovos cozidos em linha no centro da carne
    • Enrole firmemente a carne, começando pelo lado mais largo
    • Amarre com barbante culinário, fazendo nós a cada 2 cm
  2. Cozimento:
    • Em uma panela grande, coloque o matambre enrolado
    • Adicione todos os ingredientes do caldo
    • Cubra com água e clima frio ou vinho branco
    • Leve ao fogo e cozinhe em fogo baixo por aproximadamente 2 horas
    • A carne deve ficar macia, mas não se desmanchar
  3. Finalização:
    • Retire o matambre do caldo e deixe esfriar um pouco
    • Remova o barbante com cuidado
    • Corte em fatias de aproximadamente 1,5 cm de espessura
    • Sirva frio ou manhã

Tempo de preparo: 3 horas
Rendimento: 8-10 porções

Variações e dicas

Variação gaúcha: No Rio Grande do Sul, algumas receitas incluem linguiça calabresa ou queijo no recheio.

Matambre à la pizza: Versão onde o matambre, depois do cozido, é coberto com molho de tomate, queijo e orégano, e vai ao forno para gratinar.

Matambre na grelha: Após o cozimento, o matambre é grelhado na churrasqueira para ganhar sabor defumado.

Dicas importantes:

  • Escolha um matambre com boa distribuição de gordura para garantir a suculência
  • O tempo de cozimento pode variar de acordo com a espessura da carne
  • O matambre ficará melhor se preparado um dia antes e desligar na geladeira
  • Para fatiar, utilize uma faca bem afiada para não desmanchar o rolo

Sugestão de apresentação: Sirva as fatias arrumadas em um prato grande, decorando com salsa picada e rodelas de limão. O matambre é perfeito para festas e encontros, pois pode ser preparado com antecedência.

Paçoca de pinhão: o doce que virou salgado no sul

A paçoca de pinhão é uma das comidas típicas da região sul que demonstra criatividade e adaptabilidade da culinária regional.

Diferente da paçoca de amendoim conhecida no restante do Brasil, a versão sulista é salgada e preparada com pinhão e carne, representando uma importante união de elementos indígenas e europeus na gastronomia local.

Ingredientes da paçoca de pinhão tradicional

• 500g de pinhão cozido e descascado
• 300g de carne-seca ou charque dessalgado
• 100g de bacon picado
• 2 cebolas médias picadas
• 4 dentes de alho picados
• 2 colheres (sopa) de banha de porco
• 1 colher (sopa) de colorau
• Sal a gosto (pouco, pois a carne já é salgada)
• Pimenta-do-reino a gosto
• Cheiro-verde picado a gosto

Modo de preparo passo a passo

  1. Em uma panela, cozinhe os pinhões com casca em água por aproximadamente 40 minutos
  2. Descasque os pinhões e reserve
  3. Corte a carne seca em pedaços pequenos
  4. Em uma frigideira grande, aqueça a banha e doure o bacon
  5. Adicione a cebola e o alho, refogando até dourar
  6. Adicione a carne seca e refogue por cerca de 10 minutos
  7. Adicione o colorau, sal e pimenta
  8. Junte os pinhões cozidos e misture bem
  9. Transfira a mistura para um pilar ou processador
  10. Triture até obter uma farofa grossa (não deve virar macarrão)
  11. Volte a mistura para a frigideira, térmica o cheiro-verde e quente
  12. Sirva quente

Tempo de preparo: 1 hora e 30 minutos
Rendimento: 6 porções

Informações adicionais e curiosidades

Origem do prato: A paçoca de pinhão tem origem na culinária dos tropeiros e bandeirantes que percorriam o sul do Brasil, adaptando técnicas de conservação de alimentos dos povos indígenas.

Valor nutricional aproximado (por porção):

NutrienteQuantidade
Calorias420 kcal
Proteínas22g
Carboidratos38g
Gorduras18g
Fibras8g

Variações regionais:

  • Na região serrana de Santa Catarina, adicione-se farinha de milho à paçoca
  • No oeste do Paraná, algumas receitas incluem pequi
  • No interior do Rio Grande do Sul, é comum servir a paçoca com ovos fritos por cima

Armazenamento: A paçoca de pinhão pode ser conservada em geladeira por até 5 dias em recipiente hermético. Também pode ser congelado por até 3 meses.

Dicas do chef:

  • Para um sabor mais intenso, torre levemente os pinhões cozidos antes de mistura com os outros ingredientes
  • A textura ideal é grossa e não muito úmida – se ficar muito seco, adicione um pouco de caldo de carne
  • Para uma versão mais rápida, utilize um processador de alimentos com pulsos curtos em vez do pilão tradicional

Acompanhamentos tradicionais:

  • Arroz branco
  • Feijão tropeiro
  • Couve refogada
  • Ovo frito

Compartilhe as delícias do sul na sua cozinha

A culinária do sul do Brasil é rica em sabores, histórias e tradições que merecem ser preservadas e celebradas. As 10 comidas típicas da região sul que apresentamos neste artigo representam apenas uma fração da diversidade gastronômica desta região tão influenciada por suas origens europeias e sua geografia peculiar.

De pratos robustos como o churrasco gaúcho e o barreado paranaense, passando pelos sabores marcantes do pinhão e do marreco recheado, até as delícias como a paçoca de pinhão e o café colonial, a gastronomia sulista tem algo para agradar a todos os paladares.

Esperamos que este artigo tenha despertado sua curiosidade para experimentar essas receitas tradicionais. Escolha uma delas, reúna os ingredientes e aventure-se na cozinha para trazer um pouco do sul para sua mesa.

Depois, não deixe de compartilhar sua experiência, adaptações e o resultado final com amigos e familiares, ajudando assim a manter vivas essas tradições culinárias tão importantes para nossa identidade cultural.

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